Neste ano, celebrando o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2008, quando já transcorreu meio caminho do Ano Internacional do Saneamento, o WSSCC está conclamando governos e sociedade civil ao redor do mundo a acelerarem as iniciativas com a finalidade de minimizar e, se possível, eliminar esta catástrofe humana e ambiental”, acrescentou Jon Lane. Fazer isso não requer colossais somas de dinheiro nem de extraordinárias descobertas científicas. Usando o que existe, aproveitando as tecnologias já conhecidas, o mundo poderia atingir a meta do saneamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Os serviços de saneamento são também vitais para proteger mais amplamente os ecossistemas, especialmente a qualidade dos recursos hídricos.
Um ambiente saudável depende de bons serviços sanitários. A falta de saneamento gera um entorno hospedeiro de insetos, micróbios, roedores e outros transmissores de patógenos perigosos para a saúde, além de deixar uma paisagem visual fedorenta e desagradável.
Imagine uma comunidade de 10.000 habitantes e que 30% deles pratiquem a defecação a céu aberto. Se cada pessoa produz 150 gramas de fezes por dia, a quantidade de detritos resultaria em 450 toneladas diárias ou mais de 3 toneladas por semana, equivalentes a 100 caminhões cheios de excremento humano depositado na comunidade. Viver num ambiente de sujeira prejudica a saúde física e psicológica; apresenta freqüentemente desafios aos empregos e aprofunda a pobreza humana. Um ambiente vivo saudável, coerente com a dignidade humana e livre de agentes transmissores de doenças, é impossível sem dispor de serviços de saneamento. Bons serviços sanitários são fundamentais para a sustentabilidade ambiental.
Os detritos humanos penetram nas camadas freáticas por causa de uma eliminação inadequada que não conta com tubulações de esgoto, nem biodigestores anaeróbicos. Aproximadamente 90% do esgoto no mundo todo são descarregados sem tratamento em rios, poluindo os cursos de água e matando plantas e peixes.
Isto apresenta uma das principais ameaças à saúde, às pessoas que vivem em torno de córregos e de poços para extrair água para beber; também é um perigo econômico para aquelas pessoas que dependem dos rios para obter seus meios de subsistência com a pesca artesanal. Os usuários dos rios a montante encontram uma água da qualidade melhor, visto que os usuários a jusante recebem o esgoto e se “afundam nele”.
Os resíduos humanos agora podem ser tratados com tecnologias ecológicas que empregam os nutrientes como matéria-prima. A biodigestão anaeróbica pode produzir biogás para gerar energia ou compostagem para fertilizante.
“É urgente trabalhar apoiado no inseparável tripé da qualidade de vida: água, saneamento e saúde pública para todos; a famosa sigla em inglês: WASH (Water, Sanitation and Hygiene)”, finaliza Jon Lane. Fonte: Envolverde/ECO 21.
Um comentário:
Esta foto do cocôzão boiando na Itamambuca, realmente eriça qualquer um...boas fotos, boa matéria, rê!
obrigada.
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